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Segundo UOL ,o juiz federal Sergio Moro acolheu nesta terça-feira (1º) nova denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) réu pela 6ª vez. Esse é o terceiro processo a que o petista responde no âmbito da Operação Lava Jato. Há três semanas, ele foi condenado por Moro a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP).
A nova denúncia, acatada hoje por Moro, foi oferecida no dia 22 de maio pela força-tarefa da Lava Jato, que acusou Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.
Segundo os procuradores, o imóvel passou por reformas custeadas pelas empresas Odebrecht, OAS e Schahin. As obras, que teriam servido para lavar cerca de R$ 870 mil, foram feitas em razão da nomeação de diretores da Petrobras orientados para a prática de crimes em benefício da Odebrecht e da OAS.
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Lula, segundo os procuradores, teria estruturado, orientado e comandado um esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de políticos, partidos políticos e funcionários públicos.
"Por meio do esquema, diretores [daPetrobras] geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitoraismovidas por dinheiro criminoso", apontou a força-tarefa.
A Odebrecht teria pago mais de R$ 128 milhões em propina a partir em quatro contratos firmados com a Petrobras. Já a OAS teria repassado cerca de R$ 27 milhões em vantagens indevidas a partir de três contratos com a estatal.
"Esses valores foram repassados a partidos e políticos que davam sustentação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva", diz o MPF, citando o apoio de PT, PP e PMDB.