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Juiz da Lava-Jato no Rio condena empresários que geraram 'caixa 2' para empreiteira "13 anos de prisão"
LAVA-JATO
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, condenou nesta quarta-feira os empresários Adir Assad, Samir Assad e Marcello Abbud porque considerou que suas empresas geraram caixa dois para a empreiteira Andrade Gutierrez pagar propina no âmbito da Eletronuclear.
Adir Assad recebeu pena de 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro e pertencimento à organização criminosa. O irmão de Adir recebeu a mesma pena, enquanto Abbud foi condenado a 11 anos. O processo faz parte da Operação Irmandade, um desdobramento da Pripyat, que apurou o pagamento de propina à ex-integrantes da cúpula da Eletronuclear.
"Operação Irmandade se constitui em mais um desdobramento das investigações da Operação Radioatividade, por meio da qual se identificou que dinheiro utilizado para pagamento de propina aos agentes públicos foi obtido pela construtora Andrade Gutierrez mediante celebração de contratos fraudulentos com diversas empresas dos operadores financeiros Adir Assad, Samir Assad e Marcelo José Abbud", diz trecho da sentença.
As empresas dos condenados assinaram os contratos, a partir dos quais foram gerados recibos e notas fiscais para a Andrade Gutierrez, que justificava formalmente a saída de recursos. O dinheiro, no entanto, formava um caixa 2 usado para o pagamento de propina.
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