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deputado Carli Filho por decisão do STF vai a júri popular "provocou duas mortes"
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Luiz Fernando Ribas Carli Filho é acusado de provocar um acidente com duas mortes, em 2009 (Foto: Reprodução/RPC)
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), extinguiu o último habeas corpus impetrado pela defesa do
ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho e revogou a liminar que impedia que
ele fosse a júri popular, em decisão publicada na quarta-feira (8).
Com isso, o julgamento pode ser marcado a qualquer momento pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri do Paraná. Carli Filho se envolveu em um acidente que culminou nas mortes de dois jovens em Curitiba, em 2009. veja também; PT em desespero fala em plano B para lula
Um júri
chegou a ser marcado para janeiro de 2016, mas foi suspensodepois de recurso
requerido pelos advogados de defesa no STF — este último recurso foi extinto há
uma semana, segundo o promotor Paulo Markowicz de Lima, que trabalhou no caso.
"O
último recurso, um agravo, transitou em julgado na semana passada. Não tendo
mais os recursos, esse habeas corpus era como um corpo sem alma. Agora, o
próximo passo é a marcação da data. Por ser um caso emblemático, nós esperamos
que se marque o quanto antes", afirma o promotor.
O advogado
Elias Mattar Assad, que defende a família das vítimas, celebrou a extinção da
discussão sobre a realização ou não de um júri e disse estar confiante na
condenação de Carli.
"A
discussão se exauriu. A Justiça entendeu, em todas as instâncias, que é caso de
júri. Há muitas provas, como a comprovação de que ele ingeriu bebida alcoólica,
de que ele estava em alta velocidade e que estava com a habilitação suspensa,
por exemplo, que conduzem a uma condenação. Não tem como dizer que ele não
assumiu riscos", sustenta o advogado.
Relembre o
caso
O carro
blindado que Carli Filho dirigia decolou, atingindo o veículo em que estavam os
jovens Gilmar Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, que entrava
na mesma avenida fazendo uma conversão à esquerda.
Segundo as
investigações, Carli Filho dirigia em alta velocidade – 163 km/h – e estava com
a carteira de habilitação cassada. O ex-deputado estadual tinha 130 pontos na
carteira e 30 multas, sendo 23 delas por excesso de velocidade.
O advogado
Gustavo Scandelari, que compõe a defesa de Carli Filho, afirma que, com a
extinção de todos os recursos anteriores nos tribunais, ainda estuda alguma
possibilidade de ação. Para ele, não houve intenção de matar e, portanto, a realização
do júri não é cabível no caso. reportagem completa no G1
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