Anúncio
exclusivo; A propina de lula; R$ 2,2 milhões
Determinação de avaliação judicial foi feita pelo juiz Sérgio Moro; Lula foi condenado em duas instâncias no processo que envolve o triplex.
O apartamento
triplex em Guarujá, no litoral paulista, atribuído pelo Ministério Público
Federal (MPF) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi avaliado em R$
2,2 milhões. A avaliação judicial foi feita por determinação do juiz Sérgio
Moro, que ordenou a venda em leilão público.
Lula foi
condenado em duas instâncias no processo que envolve o triplex - em primeira, a
pena fixada foi de 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção
passiva e de lavagem de dinheiro; em segunda, a 12 anos e 1 mês de prisão, com
início em regime fechado.
A
determinação de Moro foi feita no dia 29 de janeiro. Na mesma decisão, o juiz
determinou que após a avaliação, fosse marcada a data do leilão. Ele sugeriu
que o procedimento seja feito, preferencialmente, de forma eletrônica.
O que foi
constatado em cada andar do triplex
Conforme a
avaliação, feita pela oficial de Justiça Flávia Matos Vaz, no primeiro andar do
apartamento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma
suíte.
No segundo
pavimento, há três quartos compactos, sendo que um deles é uma suíte, um
banheiro e um hall de distribuição.
No terceiro
andar do imóvel, a oficial verificou que, além uma sala, também há, já em uma
área externa, uma churrasqueira e uma piscina.
Em geral,
segundo ela, o triplex possui piso frio em todos os cômodos e armários
planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros.
No imóvel
também havia um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados.
"Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi
possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está
ligada", informou a oficial de Justiça.
Ainda de
acordo com a avaliação judicial, tanto o apartamento quanto os armários e camas
estão em bom estado de conservação. Apenas os móveis da parte externa como a
coifa e os armários, segundo a oficial, apresentam sinais de desgaste e
ferrugem.
REVENDO O CASO
O revisor do caso triplex no Tribunal da Lava Jato, Leandro Paulsen, afirmou ser ‘inequívoco o nexo entre a conduta’ do ex-presidente Lula e ‘os crimes praticados’ na Petrobrás. “Lula agiu por ação e omissão para prática criminosa”. O desembargador ainda diz considerar que o triplex no condomínio Solaris, no Guarujá, configura propina da OAS ao ex-presidente, seguindo o entendimento do relator do processo, João Pedro Gebran Neto.
Para Paulsen, ‘Luiz Inácio agiu pessoalmente para tanto bancando quedas de braço com conselhos da Petrobrás na condição de presidente da república’ e chegou a ameaçar ‘a demissão dos conselheiros caso não fosse confirmada a indicação’ de sua escolha na estatal.