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Lula sairá da cadeia para ficar frente a frente com Sergio Moro
Moro e Lula ficarão frente a frente em razão de um terceiro interrogatório, desta vez referente ao processo do sítio de Atibaia (SP)
O PT, mesmo com Lula preso, garante que irá inscrevê-lo como seu candidato ao Planalto, mesmo ele sendo, hoje, inelegível com base na Lei da Ficha Lima --o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá até meados de setembro para negar ou permitir a candidatura do ex-presidente.
Moro e Lula ficarão frente a frente em razão de um terceiro interrogatório, desta vez referente ao processo do sítio de Atibaia (SP), no qual o ex-presidente é réu ao lado de 12 pessoas. Segundo a acusação, o petista seria o verdadeiro proprietário do imóvel, uma vantagem ligada a um esquema de corrupção entre empreiteiras e a Petrobras.
Nessa ação, Moro marcou audiências com 125 testemunhas de defesa para o período entre 7 de maio e 29 de junho. Entre elas, estão dois ex-presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 28 de maio, e Dilma Rousseff (PT), em 25 de junho.
Finalizada essa etapa, Moro costuma deixar um intervalo de cerca de um mês até o início dos interrogatórios. Caso não haja pedidos das defesas por novas testemunhas ou outros contratempos, deverão ser realizados entre julho e agosto, de acordo com projeção feita pelo UOL.
No primeiro processo envolvendo Lula, o do tríplex --em que o petista já foi condenado e pelo qual cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde sábado (7)--, a última audiência com testemunhas de defesa foi em 15 de março. Já o primeiro réu foi ouvido em 20 de abril. Lula esteve na frente de Moro no dia 10 de maio do ano passado --a data original era 3 de maio, mas, em função da criação de um esquema de segurança ligado a protestos, ela foi adiada.
O intervalo entre as audiências com testemunhas e as com réus foi menor na segunda ação contra o petista, a que investiga um esquema de corrupção envolvendo um terreno para o Instituto Lula e o pagamento do aluguel do apartamento vizinho ao em que ele vivia antes de ser preso. Nessa, a última testemunha, por motivo de viagem, só pôde ser ouvida no final de agosto, no dia 30. Não fosse isso, a etapa de audiências com testemunhas de defesa teria se encerrado em 21 de julho. via UOL