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A CASA CAIU! -lava jato aponta que ALERJ pode ter custeado carnaval com desvio de R$ 54,5 milhões em propinas


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Lava jato aponta que ALERJ pode ter custeado carnaval com desvio de  R$ 54,5 milhões em propinas




A operação Lava jato aponta que ALERJ pode ter custeado carnaval com desvio de  R$ 54,5 milhões em propinas a deputados da Alerj, informa UOL


O MPF (Ministério Público Federal) apontou que houve o pagamento de ao menos R$ 54,5 milhões em propinas a deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) ao longo do segundo mandato de Sérgio Cabral (MDB) no governo fluminense (2011-2014). Dez deputados estaduais foram presos na Operação Furna da Onça, desdobramento da Cadeia Velha, no âmbito da Lava Jato --ao todo, o TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) autorizou 22 prisões (até as 12h dois suspeitos não haviam sido localizados). Também foram autorizados 47 mandados de busca e apreensão no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, e na Alerj.


O esquema, envolvendo fornecedores do estado e deputados estaduais, teria transformado a Alerj em uma "verdadeira propinolândia", conforme definiu o procurador regional da República Carlos Aguiar. Os investigadores dizem que cargos em órgãos públicos eram usados como "moeda de troca" e que os valores da propina chegaram até mesmo a custear o carnaval da Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio.
"A Alerj se transformou numa verdadeira propinolândia tamanha a quantidade de benefícios que eram repassados para esses deputados em troca do apoio", disse Aguiar. "Volto a dizer, não apoio ao governo propriamente, apoio para a organização criminosa. E tudo isso em detrimento da população do Rio de Janeiro."

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Segundo a Lava Jato, "a organização criminosa chefiada por Cabral" pagava propina mensal ("mensalinho") a deputados estaduais em troca de apoio. Cabral está preso desde novembro de 2016, com condenações que ultrapassam 180 anos de prisão. De acordo com a procuradora Renata Ribeiro Baptista, os mensalinhos variavam de R$ 20 mil e R$ 900 mil. Segundo a Lava Jato, parte dos R$ 54,5 milhões movimentados envolvia sobrepreço de contratos.
Entre os deputados alvos da operação está Chiquinho da Mangueira (PSC), que é presidente da escola de samba Mangueira e atualmente corregedor da Alerj, responsável por abrir procedimentos para investigar parlamentares. Segundo a procuradora, Chiquinho teria recebido mais de R$ 3 milhões e parte do valor teria sido usado para custear o carnaval em 2014.


"São valores provenientes de propina, de desvio de verba federal, desvio de verba estadual, para custear carnaval [da escola de samba]", disse Renata. "As investigações contam uma história e é a história de como o Executivo cooptou o Legislativo e isso gerou a absoluta falência dos serviços públicos e dos controles, dos mecanismos de controles entre poderes do estado".

Sobre a origem da propina, a delegada da Polícia Federal Xênia Soares disse que parte dos valores vinha da Odebrecht. Outras fontes dos valores que viraram propina ainda são investigadas. "A ponta que a gente localiza no sistema dos doleiros é uma ponta que vem da Odebrecht, mas existiam uma série de outros pagamentos que não estão nesse sistema", comentou. Os valores da empreiteira viriam do abastecimento de contas de Cabral que "serviram para fazer esses pagamentos", segundo a delegada.


Os alvos da operação

Dos dez deputados, sete são alvos de mandado de prisão pela primeira vez. Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj, Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do MDB, já tinham sido presos em novembro do ano passado na Operação Cadeia Velha. Picciani passou a cumprir prisão domiciliar por motivos de saúde em 28 de março, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Já Albertassi e Melo estão presos em Bangu.

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