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O trabalho da PF aponta execução de pagamentos aos beneficiários de codinome ‘Despota’, ‘Botafogo’ e ‘Inca’, atribuídos a César Maia e a Rodrigo Maia”, apontou a procuradora-geral da República
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e seu pai, o vereador César Maia, ambos eleitos pelo Rio de Janeiro, receberam 1 milhão 400 mil reais via caixa 2, da Odebrecht, para suas campanhas eleitorais.É o que aponta relatório da Polícia Federal.
Há um inquérito sobre o assunto tramitando no Supremo Tribunal Federal. O relator é o ministro Edson Fachin. Raquel Dodge, procuradora-geral da República, pediu prazo de 60 dias para concluir as investigações.
A análise do sistema de propina da Odebrecht indica supostas execuções de pagamento que totalizam R$ 1,4 milhão para codinomes atribuídos aos dois investigados. Caberá a a Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, decidir se estica ou não o prazo da apuração.
“Em síntese, o trabalho policial aponta que foram constatados, a partir de exames periciais em arquivos disponíveis no material examinado, registros de negociações, ordens de pagamentos e execução de pagamentos aos beneficiários de codinome ‘Despota’, ‘Botafogo’ e ‘Inca’, atribuídos a César Maia e a Rodrigo Maia”, apontou a procuradora-geral da República.
Entre as medidas que ainda faltam ser realizadas no inquérito está a obtenção dos registros históricos de cadastro dos terminais telefônicos utilizados por Maia e seu pai. A investigação foi aberta em abril de 2017 com base em delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. À época, um dos delatores afirmou que Maia teria solicitado R$ 350 mil como forma de contribuição para a campanha eleitoral de 2008.
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