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Uma entidade constituída por juristas muçulmanos que objetiva defender os interesses da comunidade islâmica no Brasil, ANAJI - Associação Nacional de Juristas Islâmicos, resolveu agir contra o grupo Porta dos Fundos por desrespeitar a fé cristã com um especial de Natal que retrata "Jesus gay".
Na prática, os islâmicos entendem que ao atacar os cristãos, o grupo de Fábio Porchat e Gregorio Duvivier está colocando em ameaça a liberdade religiosa no Brasil, uma vez que a proteção dos símbolos religiosos, consequentemente da crença, é uma garantia constitucional.
"Não se permite é que uma pessoa intolerante possa agredir qualquer outra, motivada apenas pela sua ignorância e falta de compreensão básica de respeitar a religião alheia, ultrapassando assim os limites da lei", declarou a Anaji em sua "Nota de Repúdio ao canal Porta dos Fundos e Netflix".
"Pedimos a todos os cidadãos de bem que denunciem os vídeos, independente da religião, pois a liberdade deve ser para todos sem exceção, pois amanhã os injustiçados seremos nós", completa o texto.
Boicote à Netflix e Porta dos Fundos
A Anaji reforça em sua nota o boicote promovido pelos cristãos à Netflix, e ao canal Porta dos Fundos, por causa do especial de Natal que zomba de Jesus Cristo. Neste caso, os islâmicos anunciaram que vão tomar medidas judicias contra o grupo.
"Estaremos buscando os meios judiciais cabíveis para coibir tamanho desrespeito, nos unindo contra quaisquer atos que não respeite a liberdade religiosa e tolerância de todas as religiões", diz o texto.
Para os muçulmanos Jesus é um profeta
A nota da Anaji explica que a reação dos muçulmanos contra a Porta dos Fundos se deve ao fato de Cristo ser considerado um profeta digno de respeito na religião islâmica. Para os cristãos, no entanto, Jesus não é/foi só um profeta, mas o próprio Deus encarnado, conforme anunciaram às profecias bíblicas do Antigo Testamento.
Por trás desse movimento da Associação Islâmica, está claro o recado, de que se for Maomé o próximo a ser humilhado de forma vergonhosa com a suposta desculpa que tratará de "liberdade de expressão da arte", não haverá clemência!
Será que os humoristas teriam coragem de zombar de Maomé?