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COLUNA
A crise como oportunidade!
Recordo-me de algumas cronologias que acompanharam os comportamentos econômicos mundo afora, desde meados dos anos 1990, onde desde uma Guerra do Golfo do velho Sadam, as carroças brasileiras assim batizadas por Fernando Collor, que obrigou empresas brasileiras, especialmente aquelas ligadas a indústria a se reinventarem, e retirarem de circulação seus Fuscas, Corcéis e Chevetes por exemplo, com a abertura da economia, foi algo extraordinário. Nesse momento a indústria brasileira viu-se obrigada a reinventar-se e modernizar-se.
Sem falar da Argentina, Tigres Asiáticos, México e Rússia que andaram dando calote em todo mundo, e que fez da década de 1990 uma negação econômica, mesmo tendo o Plano Real nascido nesse período!
Nos anos 2000 nova crise mundial, advinda especialmente da bolha americana da Nasdaq e os escândalos da Enron pela manipulação dos balanços das empresas do Tio Sam, e que fez o mundo ater-se ao mercado da tecnologia. Quase que concomitantemente tivemos mais bombas caindo no Iraque e Afeganistão como retaliação aos aviões jogados contra as Torres Gêmeas de Nova York em 2001... Petróleo novamente as alturas.
O mundo nem bem se recuperou e em 2008 veio a Crise Mobiliária americana, onde deixou boa parte do mundo de joelhos, pelos calotes daquela região. A “marolinha” prometida pelo então presidente de vasta pelagem facial, voz rouca e apreciação por destilados, veio como um tsunami alguns anos mais tarde, visto o elevado endividamento do povo brasileiro, que acreditou mesmo que a solução viria de Brasília.
Agora temos o Corona Vírus, bicho chinês que novamente vira o mundo de cabeça para baixo e promete talvez fazer mais estragos que uma Guerra Mundial tradicional, pois é como um inimigo oculto, que você não sabe onde está e isso traz uma sensação de insegurança tão grande quanto ao terror ocasionado pelos barulhos das bombas caindo.
Mas tirando a parte complicada de tudo isso, temos muitas coisas positivas que precisam ser destacadas, as quais são seguramente objeto desta coluna: o aprendizado que as empresas, governos e famílias tiram. Nunca, ninguém que passou por crises voltou igual. Aos que não pretendem mudar, fiquem tranquilos, outros mudarão e farão você se mexer, mesmo que contrariado!
A que estamos passando, e que afetou a praticamente toda a população do planeta, alguns menos, outros mais, mas ninguém ficou de fora, forçou a grande parcela da população a novos hábitos: desde o clássico uso do álcool-gel e máscara, a distanciamentos sociais e lives pra tudo.
Em comum, o que temos? A necessidade evidente do uso da tecnologia para que os negócios, e mesmo a vida cotidiana não parasse.
Nesse sentido, estimado leitor: é fundamental perceber que para o empreendedor que pretende manter-se no mercado, ao empresário que não fez uma auto-avaliação de seu negócio, e claro, ao gestor que tem dificuldades com a mudança, está aí uma excelente oportunidade.
Ao repensar o seu modelo de negócio, ao avaliar seus processos, certamente novos produtos e serviços, seja pela mudança de hábito do consumidor, seja pela necessidade em si, irão surgir. Enquanto a pandemia não passa, aproveite o momento e rediscuta sua empresa. É um excelente momento!
Inácio Pereira – Economista
Adviser Consultoria