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Tudo tem seu tempo.
Uma ideia postergada enquanto durar a pandemia é a de o ex-ministro atuar como professor assistente ou aluno de Administração Pública na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Seu provável retorno à sala de aula após deixar o governo federal tem um objetivo específico, segundo amigos: ganhar preparo, se especializar em políticas públicas e estar a postos para assumir a liderança do grupo que hoje busca uma candidatura presidencial de centro ou de centro-direita. Também funcionaria como uma estratégia para sair de uma espécie de fase pré-campeonato, já que ainda falta muito tempo para as eleições de 2022.
Desde que participou, no final dos 1990, de um programa de instrução de advogados em Harvard, Sergio Moro nunca cortou completamente os laços com a instituição. Além de estudar políticas públicas, a ida para o exterior a dois anos das eleições tem um importante elemento emocional. Desde que determinou a transferência de chefões do crime organizado para presídios federais de segurança máxima, cresceram as ameaças consideradas pelo próprio Moro como “sérias”. O ex-juiz da Lava-Jato sempre lidou com intimidações de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a situação mudou de figura com sua atuação na Lava-Jato e, depois, como integrante do governo do presidente Jair Bolsonaro. Desde outubro, com o fim da quarentena imposta a ex-integrantes do governo, ele não tem mais proteção policial providenciada pelo Estado.
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