NÃO A EXPECTATIVA PARA A PAUTA NO STF "PRISÃO EM SEGUNDA INSTANCIA" Cármen lúcia

A presidente
do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia disse nesta terça-feira (30)
que não vai colocar em pauta a rediscussão da prisão de condenado após
julgamento em segunda instância.
Cármem Lúcia
afirmou que a questão foi decidida em 2016, quando o Supremo autorizou prisões
a partir da segunda instância e que não há por que voltar ao assunto agora.
Em um jantar
nesta segunda-feira (29) com jornalistas, ela foi perguntada se, com a condenação
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4), o tema voltaria à pauta.
Cármem Lúcia
respondeu que pautar o assunto em função de um caso específico seria
"apequenar o Supremo".
Nesta terça,
em entrevista ao repórter Marcos Losekann, ela explicou o que pensa do assunto,
falou sobre o fim do recesso do Judiciário e o que esperar do Supremo.
Repórter –
Ministra, vai começar mais um ano do Judiciário. Qual é a sua expectativa para
2018?
Cármen Lúcia
– Em primeiro lugar, que a gente possa implementar cada vez mais a eficiência
do Supremo Tribunal Federal de uma forma específica, que é o que o cidadão
espera. Mais rapidez nos julgamentos, mais eficiência. Portanto, e é este o
empenho do Supremo Tribunal Federal especificamente para o ano de 2018.
Repórter –
Ultimamente, tem se falado muito, ministra, da questão da segunda instância. A
senhora, recentemente, num jantar, comentou essa questão. O Supremo está sob
pressão para votar isso?
Cármen Lúcia
– Em primeiro lugar, o Supremo não se submete a pressões para fazer pautas. Em
segundo lugar, a questão foi decidida em 2016 e não há perspectiva de voltar a
esse assunto.
Repórter – A
senhora acha que não é o caso de voltar?
Cármen Lúcia
– Não há pauta sobre isso neste momento. Portanto, não há o que se cogitar
neste momento.