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PRONTO; Relator da Lava Jato nega pedido para Lula ser ouvido no TRF4
O Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4) não vai ouvir o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva antes do julgamento de apelação, marcado para 24 de janeiro. Em
primeira instância, o político foi condenado a 9 anos e 6 meses por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato envolvendo o triplex.
Os advogados
de Lula haviam protocolado dois pedidos para que Lula fosse ouvido antes do
julgamento do recurso, um em setembro de 2017 e outro no início de janeiro. Na
decisão, o relator dos processos da Lava Jato no Tribunal, João Gebran Neto,
diz que "o eventual deferimento do reinterrogatório passa,
necessariamente, pela apreciação das alegações de invalidade daquele prestado
perante o juízo de origem".
Na apelação,
a defesa também pede que ele seja inocentado da acusação de ocultação da
propriedade do imóvel, que teria recebido como propina da empreiteira OAS em
troca de favores na Petrobras. Para a defesa, Moro não teve interesse em apurar
os fatos.
Nesta
terça-feira (16), os advogados de Lula protocolaram na apelação novos
documentos que, segundo a defesa, reforçariam que a OAS é a proprietária do
triplex.
Trata-se de
uma decisão, proferida em dezembro de 2017 pelo Juízo da 2ª Vara de Execução e
Títulos do Distrito Federal, nos autos de processo, que determinou a penhora do
apartamento 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP) para satisfação de
dívida da OAS. A matrícula atualizada do cartório de imóveis do município
também foi incluída na petição.
Com estes
documentos, a defesa reforça que a propriedade do imóvel pertence à OAS, e não
a Lula.
A sentença
do juiz Sérgio Moro permite que o ex-presidente recorra em liberdade.
Em 11 de
setembro de 2017, os advogados de Lula já haviam ingressado com o pedido ao
relator dos processos da Lava Jato no TRF4, desembargador João Gebran Neto.
Porém, segundo a assessoria de imprensa da defesa, o pedido não foi apreciado,
o que motivou um novo pedido.