Anúncio
Moro condena dois ex-gerentes da Petrobras e outras três pessoas
O juiz federal Sérgio Moro, que é o responsável pelos
processos da Lava Jato na primeira instância, condenou, nesta segunda-feira
(5), dois ex-gerentes da Petrobras Edison Krummenauer e Márcio Ferreira e
absolveu um terceiro ex-gerente da estatal, Maurício Guedes.
Ambos foram condenados por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. O processo em que eles foram condenados é derivado da 40ª fase da
operação, batizada de "Asfixia", deflagrada em maio de 2017.
Essa etapa investigou o pagamento de R$ 29,6 milhões em
quatro contratos da Petrobras.
Além dos dois ex-gerentes da estatal, ainda foram condenados
por corrupção ativa e lavagem de dinheiro os empresários Marivaldo do Rozário
Escalfoni e Paulo Roberto Fernandes; e também o executivo ligado à Andrade
Gutierrez Luis Mário da Costa Mattoni.
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a denunciar os
réus também por organização criminosa, mas Moro resolveu absolvê-los do crime.
Condenações
Veja abaixo pelo que cada um foi condenado:
Márcio de Almeida Ferreira (ex-gerente da Petrobras): foi
condenado a 10 anos e três meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro;
Edison Krummenauer (ex-gerente da Petrobras): corrupção
passiva e lavagem de dinheiro; por ser delator, ele deve cumprir pena previsa
no acordo de delação.
Luis Mario da Costa Mattoni (executivo da Andrade
Gutierrez): corrupção ativa e lavagem de dinheiro; por ser delator, ele deve
cumprir pena previsa no acordo de delação.
Marivaldo do Rozario Escalfoni (empresário da Akyzo): foi
condenado a 14 anos e três meses de prisão por corrupção ativa e lavagem de
dinheiro;
Paulo Roberto Fernandes (empresário da Liderroll): foi
condenado a 14 anos e três meses de prisão por corrupção ativa e por lavagem de
dinheiro.
Os condenados devem, ainda, devolver os R$ 29,6 milhões para
a estatal.
Ao decretar a condenação dos acusado, Moro afirmou que é
raro testemunhas ou mesmo os próprios criminosos revelarem crime de corrupção
e, por isso, as provas por indícios ou indiretas têm papel fundamental.