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golpe do plantonista foi premeditado
A Folha de S. Paulo reconstruiu o golpe do plantonista e garantiu que ele “foi premeditado”.
Na semana passada, “um amigo avisou Paulo Pimenta de que a escala de plantões havia sido publicada no site do TRF-4 e que Rogério Favreto, amigo de longa data do deputado, seria o responsável pelo tribunal no segundo fim de semana deste mês”.
O deputado petista contou para a repórter:
“Sou do Rio Grande do Sul. Conheço as pessoas. Alguém me deu o toque. Olhei no sistema e vi [que Favreto seria o plantonista]. É público”.
A reportagem só não esclareceu se o amigo que lhe deu o toque foi o próprio amigo plantonista.
O golpe do plantonista – com seus tentáculos no TRF-4, no STJ, no STF e na imprensa – foi pensado apenas para tirar Lula de Sergio Moro.
A imprensa petista comemora:
“A defesa do ex-presidente deve usar o despacho de Moro contra a soltura do petista para embasar novo pedido de suspeição do juiz nos processos do sítio em Atibaia e do que trata da compra de um terreno para o instituto Lula.”
A má-fé de um desembargador desatinado
O Estadão, em editorial, denunciou o golpe do plantonista:
“A tentativa de membros do PT de obter ilegalmente a soltura do seu cacique Lula da Silva evidenciou desespero e irresponsabilidade, além de completo menosprezo pelo Estado de Direito. Ao longo do domingo passado, os brasileiros observaram, atônitos, uma manobra canhestra que, não fossem a prudência da Polícia Federal, que não deu cumprimento a uma ordem manifestamente ilegal, e a prontidão de alguns membros do Judiciário, que afinal desfizeram os atos de um desembargador desatinado, poderia ter conduzido o País a uma confusão maior do que a já reinante (…).
Além de ser incompetente para interferir no processo de Lula e de desrespeitar decisão prévia do STF, o desembargador Favreto afrontou, como poucas vezes se viu, o bom Direito. Ao justificar a ordem de soltura de Lula da Silva pelo fato de o réu se apresentar como pré-candidato, o plantonista amigo do PT demonstrou a extensão de uma ignorância que só pode ser superada por má-fé (…).
A manobra teve explícito caráter político. Nessa óptica enviesada, que faz troça da Justiça, os impetrantes do PT tentaram uma vez mais transformar o juiz Sérgio Moro no algoz de Lula. A burla, no entanto, é patética, sem apoio nos fatos. Como lembrou o Ministério Público, ‘não há ato ilegal que possa ser imputado ao Juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, aqui apontado como coator, uma vez que o paciente está recolhido à prisão por determinação desse tribunal’.
Novamente ficava explícita a ilegalidade da ordem do desembargador Favreto: um plantonista tentando monocraticamente reverter decisão colegial de seu próprio tribunal.”
Opinião; Tem que ir a fundo e punir os responsáveis o quanto antes de mais uma tentativa de golpe.